Exemplo de Pintura Barroca. Autor: Peter Paul Rubens, pintura à óleo (1630)
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Antiguidade Clássica (Grécia/Roma)
Séc. V a.C. ao séc. V d.C.
- Racionalismo;
- Antropocentrismo;
- Beleza como objeto fundamental;
- Busca por equilíbrio, linearidade e harmonia;
- Mitologia como tema central;
- Paganismo;
- Nudez como recurso artístico;
- Apego aos bens do mundo.
Trovadorismo (Época Medieval)
Séc. XII ao séc. XV
- Teocentrismo;
- Influência do Cristianismo;
- Submissão à Igreja e ao senhor feudal;
- Sobreposição da vida eterna à terrena;
- Simplicidade;
- Geocentrismo;
- Poesia acompanhada de instrumentos;
- Paralelismos;
- Coita amorosa;
- Humor e sátira;
- Idealização feminina.
Humanismo
Séc. XV
- Transição entre o Trovadorismo e o Classicismo;
- Questionamentos dos dogmas religiosos;
- Semipaganismo;
- Ridicularização da Escolástica;
- Diluição do feudalismo;
- Curiosidade científica;
- A natureza como espelho para a arte;
- Predomínio da razão;
- Mitologia grega e Bíblia Sagrada como temas;
- Clareza;
- Equilíbrio;
- Heliocentrismo;
- Universalismo.
Classicismo
Séc. XVI
- Antropocentrismo;
- Racionalismo;
- Equilíbrio, clareza e linearidade;
- Universalismo;
- Presença da mitologia greco-romana;
- Neoplatonismo;
- Valorização da beleza;
- Grandes navegações;
- Adoção da medida nova (versos decassílabos);
- Gosto pelo soneto.
Barroco
Séc. XVII
- Gosto pelas inversões sintáticas (hipérbatos);
- Excesso de figuras de linguagem (metáfora, hipérbole, antítese, paradoxo);
- Sugestões sonoras e cromáticas;
- Gosto por construções complexas e raras;
- Oposição entre o mundo material e espiritual;
- Consciência da enfermidade do tempo;
- Carpe diem (aproveite o dia);
- Cultismo (jogo de palavras);
- Conceptismo (jogo de idéias);
- Antropocentrismo x teocentrismo;
- Razão x fé;
- Pecado x perdão.
Arcadismo
Séc. XVIII
- Inutilia truncat (cortar o inútil) - valorização de um vocabulário simples;
- Manutenção do soneto decassílabo e de outras formas clássicas.
- Linguagem pastoril;
- Bucolismo;
- Fugere urbem (fugir da cidade);
- Aurea mediocritas (equilíbrio de ouro);
- Influência da cultura greco-latina (linearidade, clareza, racionalismo);
- Idealização amorosa;
- Ideais iluministas;
- Carpe diem (aproveite o dia);
- Locus amoenus (lugar ameno).
Romantismo
Primeira metade do séc. XIX
- Vocabulário mais simples
- Gosto por métricas populares (redondilhas menores e maiores);
- Descrições minuciosas, com excesso de comparações e metáforas;
- Egocentrismo;
- Subjetivismo;
- Sentimentalismo;
- Saudosismo;
- Nacionalismo;
- Idealização da mulher, do amor e do herói;
- Escapismo;
- Medievalismo;
- Indianismo;
- Religiosidade;
- Byronismo;
- Condoreirismo.
Realismo
Segunda metade do séc. XIX
- Objetivismo;
- Narrativa lenta;
- Exatidão para localizar tempo e espaço;
- Mulher não idealizada, com defeitos e qualidades;
- Sentimentos subordinados aos interesses sociais;
- Protagonista apresentado como um anti-herói ou um herói problemático;
- Crítica aos valores burgueses;
- Profunda análise psicológica;
- Adultério.
Naturalismo
- Linguagem simples;
- Preocupação com minúcias;
- Descrição e narrativas lentas;
- Determinismo;
- Objetivismo científico;
- Temas de patologia social;
- Ser humano descrito sob a ótica do animalesco e do sensual;
- Despreocupação com a moral;
- Literatura engajada.
Parnasianismo
- Perfeição formal;
- Vocabulário rebuscado;
- Rimas raras e chaves de ouro;
- Gosto pelas descrições;
- Objetivismo;
- Gosto pelo soneto;
- Contenção das emoções e racionalismo;
- Universalismo;
- Apego à tradição clássica;
- Presença da mitologia;
- "Arte pela arte".
Simbolismo
- Linguagem vaga, que prefere sugerir a nomear;
- Excesso de figuras de linguagem (paranomásias, sinestesias, aliterações, assonâncias, metáforas);
- Subjetivismo;
- Antimaterialismo;
- Religiosidade;
- Pessimismo;
- Loucura;
- Interesse pela noite e pela morte;
- Desejo de transcendência.
Modernismo
- Versos livres;
- Liberdade vocabular;
- Linguagem sintética, quase elíptica;
- Fragmentação, flashs cinematográficos;
- Busca de uma linguagem brasileira;
- Nacionalismo ufanista;
- Revisão do nosso passado histórico-cultural;
- Ironia, humor, piada;
- Valorização de temas ligados ao cotidiano;
- Urbanismo.
Obs.: caracterização estabelecida por William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, em Literatura Brasileira, São Paulo, 1996 (exceto Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Arcadismo e Parnasianismo).
Fonte: PONTES, Marta. Minimanual de Redação & Literatura / Marta Pontes. São Paulo, DCL, 2010 (Edição 2012 conforme o Novo Acordo Ortográfico).